
No NutriRaiz , o ciclo circadiano se conecta à nutrição ancestral: povos tradicionais dormiam e comiam com o sol nascente e poente, nutriam o corpo em sincronia. Foster adiciona a ciência moderna a essa sabedoria.
Quem é Russell Foster
Russell Grant Foster, nascido em 1959 em Aldershot, Inglaterra, é um neurocientista de destaque com um currículo impressionante. Graduado em Biologia pela Universidade de Bristol, obteve seu Ph.D. em neurociência pela mesma instituição, sob orientação do renomado Sir John Eccles. Sua carreira ganhou projeção quando, em 1990, ele descobriu as células ganglionares fotorreceptoras da retina (ipRGCs), que não formam imagens, mas detectam luz para regular o relógio biológico — um marco na cronobiologia. Antes, acreditávamos-se que apenas os cones e bastonetes dos olhos influenciavam o cérebro.
Hoje, Foster é professor da Universidade de Oxford, onde liderou o Sleep and Circadian Neuroscience Institute (SCNi). Ele também é membro da Royal Society desde 2008, uma honra que reflete sua influência global. Autor de mais de 250 artigos científicos, ele já colaborou em livros como Rhythms of Life (2004), mas O Ciclo da Vida (2022, no original Life Time ) é sua obra solo mais acessível ao público, traduzida para o português em 2023 pela Objetiva. Além da academia, Foster é conhecido por palestras TED (como a de 2014 sobre “Por que dormimos?”) e por aplicar sua ciência na vida real — ele próprio ajusta seus horários de sono e refeições com base em seus estudos.
Sua paixão vem de uma curiosidade pessoal: entenda por que os humanos, como ele diz, “passam um terço da vida dormindo” e como isso afeta tudo, do humor à longevidade.
Sobre “O Ciclo da Vida”
O Ciclo da Vida é um mergulho na cronobiologia, a ciência dos ritmos circadianos — os ciclos de cerca de 24 horas que governam nosso corpo, controlados por um “relógio mestre” no hipotálamo (o núcleo supraquiasmático). Publicado em 2022 no Reino Unido e lançado no Brasil em setembro de 2023, o livro destila 30 anos de pesquisa de Foster em uma narrativa prática e revolucionária. Ele explica como a luz (especialmente a solar) sincroniza esse relógio, enquanto hábitos modernos — como telas à noite ou refeições fora de hora — o desalinham, com consequências graves.
Temas Centrais
- Sono Personalizado : Foster derruba o mito das “8 horas universais”. Ele mostra que cada pessoa tem um cronótipo (madrugador, noturno ou intermediário), definido por genes como PER e CLOCK . Dormir fora do seu ritmo natural é tão prejudicial quanto pouco sono.
- Nutrição e Ritmo : Comer tarde, após o pôr do sol, sobrecarregar o metabolismo, pois o corpo está “programado” para digerir melhor durante o dia. Isso aumenta os riscos de obesidade e diabetes.
- Saúde Global : O desalinhamento circadiano prejudica a imunidade, eleva as inflamações e até afeta o risco de câncer. Trabalhadores noturnos, por exemplo, sofrem mais com isso.
- Dicas Práticas : Exposição à luz matinal reseta o relógio, cafeína tarde atrapalha, e exercícios ao ar livre alinham corpo e mente. Ele também abordou o “jet lag social” — quando fins de semana bagunçam a rotina.
Estilo e Impacto
Com 336 páginas (edição brasileira), o livro mistura rigorosas com histórias reais — como a ciência de um paciente que melhorou a depressão ajustando horários. Foster usa humor (“somos todos escravos do sol”) e dados (ex.: a melatonina sobe 2 horas antes do sono natural). É um convite a viver em harmonia com o tempo biológico, revolucionando sono, alimentação e saúde.
Os ritmos circadianos são ciclos internos que regulam funções obrigatórias:
- Sono/Vigília : A luz solar “acorda” o cérebro via retina, enquanto a escuridão sinaliza melatonina para dormir.
- Metabolismo : Enzimas digestivas são mais ativas de dia; à noite, o corpo foca em reparos celulares.
- Hormônios : Cortisol (energia) sobe pela manhã; a insulina funciona melhor antes de começar.
- Cérebro : Memória e foco atingem o pico no início do dia, enquanto a criatividade floresce à noite para alguns.
Foster explica que o núcleo supraquiasmático (SCN) coordena esses processos, recebendo sinais da retina. Sem luz natural, como em cavernas (estudos mostram), o ciclo se desvia para 24,2 horas, mas a sociedade moderna piora isso com luz artificial constante. Ele cita experimentos: ratos sem SCN perdem ritmo e adolescência, enquanto humanos expostos à luz matinal vivem mais.
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